DIA NACIONAL DO CERRADO
Foto: A Cachoeira Casca d’Anta fica no Parque Nacional Serra da Canastra (MG) – Foto: Alessandro Abdala/ICMBio
Em 2021, turistas puderam desfrutar da biodiversidade das 15 Unidades de Conservação Federais que reúnem savanas, campos, matas e reservas de água doce
ono de fauna e flora exuberantes, o Cerrado Brasileiro é reconhecido como uma das savanas mais ricas do mundo em biodiversidade. São mais de 11 mil espécies de plantas nativas catalogadas e centenas de espécies de mamíferos, aves, répteis, anfíbios e peixes. Sem falar nas grandes reservas de água doce em seu subsolo.
Com uma área que abrange 22% do país, a diversidade do Cerrado Brasileiro tem atraído, cada vez mais o visitante que busca o Turismo de Natureza, uma tendência mundial que tem se consolidado na retomada das atividades após o início da pandemia de Covid-19.
Especificamente no Cerrado, dados do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) mostram que em 2021, 489.857 visitas foram registradas relacionadas às belezas naturais de 15 Unidades de Conservação Federais do Brasil que estão no 2º maior bioma da América do Sul.
O campeão das visitações foi o Parque Nacional Serra da Canastra, que registrou 124.613 visitas. Localizado no sudoeste do estado de Minas Gerais, o local reúne paisagens de tirar o fôlego, como lindas cachoeiras e grutas, além de flora e fauna com espécies endêmicas e ameaçadas de extinção, como o pato-mergulhão e o tatu-canastra.
Outro parque que recebeu um número grande de turistas em 2021 foi a Floresta Nacional de Brasília. Mas de 82 mil pessoas visitaram a Unidade de Conservação, que é recheada de trilhas de diversos níveis de dificuldades proporcionando inúmeras possibilidades de contato direto com a natureza.
Também no Centro-Oeste, o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros atraiu centenas de visitantes. Mais de 75 mil pessoas foram ao local no ano passado e puderam desfrutar da natureza nas caminhadas, banhos de cachoeira ou na visitação de rochas com mais de um bilhão de anos.
Além de ecoturismo, as Unidades de Conservação atraíram visitantes em busca de história. Em 2021, mais de 66,7 mil pessoas estiveram no Parque Nacional da Chapada dos Guimarães, um local que, além de belos atrativos naturais, abriga sítios arqueológicos, proporcionando o uso adequado para visitação, educação e pesquisa.
Em 2021, a exuberância do Parque Nacional da Serra do Cipó atraiu 55,8 mil pessoas. O local abriga diversas espécies da flora e da fauna brasileiras, ambientes únicos e paisagens que enchem dos olhos daqueles que testemunham suas belezas.
A Reserva Extrativista Marinha do Delta do Parnaíba, que se estende pelos estados do Ceará, Piauí e Maranhão, registrou mais de 50 mil visitas em 2021. Além de mangues, dunas, lagoas, animais silvestres, rios e praias com paisagens paradisíacas, os turistas têm opção de vivenciar atividades locais, como a pesca de caranguejos e experimentar uma gastronomia super regional e diversa.
Outras Unidades de Conservação do país que ficam no Cerrado, como os Parques Nacionais de Brasília; das Cavernas do Peruaçu; das Emas; da Serra da Bodoquena/ do Grande Sertão Veredas; das Sempre-Vivas; das Nascentes do Rio Parnaíba; Floresta Nacional de Silvânia e a Estação Ecológica de Pirapitinga receberam 35.104 turistas no ano passado.
As 145 Unidades de Conservação Federais, administradas pelo ICMBio, e que possuem visitação monitorada, contabilizaram 16,7 milhões de visitas em 2021. O número é o maior registrado em pelo menos cinco anos, superando o cenário pré-pandemia. A título de comparação, em 2017 foram registradas 10,7 milhões de visitantes.
A DATA – O Dia Nacional do Cerrado é comemorado em 11 de setembro e foi instituído em 2003 para lembrar a importância da conservação do segundo maior bioma da América do Sul considerado o “berço das águas” no Brasil, onde estão as nascentes das maiores bacias hidrográficas, elementos necessários para garantir água para o país.
O território do Cerrado se estende também pelos estados de Goiás, Tocantins, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Bahia, Maranhão, Piauí, Rondônia, Paraná, São Paulo e Distrito Federal, além de trechos isolados (enclaves) no Amapá, Roraima e Amazonas.
TURISMO DE NATUREZA – No ano passado foram realizadas no país 12,3 milhões de viagens, principalmente à lazer (35,7%). Destas, 25,6% foram motivadas por destinos de natureza, segundo dados da PNAD Contínua Turismo 2020-2021, parceria entre o Ministério do Turismo e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em relação ao turista internacional, em 2019, o Turismo de Natureza foi responsável por motivar a viagem de cerca de dois em cada dez turistas que chegaram ao Brasil (19%), registrando o maior índice dos últimos cinco anos: 2015 (15,7%), 2016 (16,6%), 2017 (16,3%) e 2018 (16,3%), segundo o Anuário Estatístico de Turismo.
Por Paula Rosa
Assessoria de Comunicação do Ministério do Turismo