Por Thaís Pimenta, Terra da Gente – G1 – 04/04/2021
Criado em 1972 para preservar a fauna e a flora das nascentes do Rio São Francisco, o Parque toma parte do território de três municípios: São Roque de Minas, Sacramento e Delfinópolis, em Minas Gerais
Há 50 anos o Parque Nacional da Serra da Canastra representa um dos maiores patrimônios naturais do Brasil. Criado para preservar a fauna e a flora das nascentes do Rio São Francisco, ele completa cinco décadas de história com um título importante: é um dos principais santuários de vida selvagem do País.
“É um dos mais antigos e tradicionais do Brasil e, ao longo de sua existência, tem encantado todo mundo. Seja pela exuberância natural, diversidade de vida que abriga, cenários deslumbrantes que preserva ou pela hospitalidade e originalidade de seu povo”, destaca o fotógrafo de natureza Alessandro Abdala.
- O Parque Nacional foi criado em 1972
- A área tem 71.525 hectares demarcados e parte do território de três municípios: São Roque de Minas, Sacramento e Delfinópolis, no sudoeste de Minas Gerais
- O Parque reúne a Serra da Canastra e a Serra das Sete Voltas, com o Vale dos Cândidos no meio
- Campos rupestres, com manchas de cerrado e matas ciliares, caracterizam a vegetação
Cachoeira e águas cristalinas
Diversas cachoeiras formam um cenário único. Algumas são realmente gigantes, como a cachoeira ‘Casca D´Anta’, a maior queda do rio São Francisco, que se forma quando o Rio da Integração Nacional deixa o seu ‘berço’ na serra da Canastra, em Minas Gerais.
Outras, apesar de menores, possuem beleza igualmente exuberante que pode ser admirada através de trilhas, caminhadas, ou de carro.
Refúgio da vida selvagem
O Parque Nacional da Serra da Canastra é um verdadeiro refúgio da vida selvagem. São quase 200 mil hectares para abrigar uma biodiversidade que atrai admiradores de natureza.
“São mais de 400 espécies de aves em uma área de Cerrado. Esse é considerado um dos melhores lugares para a observação. Além do pato-mergulhão (Mergus octosetaceus), uma das aves mais raras e ameaçadas do mundo , no Parque vivem espécies em frágil situação de conservação, como o inhambu-carapé (Taoniscus nanus) e o galito (Alectrurus tricolor)”, conta Abdala.
Para compartilhar um pouco da preciosidade dessa diversidade de espécies da região, o fotógrafo produziu uma obra dedicada às joias vivas da natureza: os beija-flores. De espécies comuns como o beija-flor-tesoura, o besourinho-de-bico-vermelho e o beija-flor-de-peito-azul aos visitantes ocasionais, como beija-flor-dourado, beija-flor-cinza, beija-flor-preto, todos os colibris que podem ser observados na Serra da Canastra são valorizados no livro.
“A proposta era criar um livro que pudesse encantar o leitor e fazer com que ele tivesse vontade de admirar, de conhecer mais sobre o tema. É um livro para todas as idades, crianças vão gostar, jovens vão gostar e os adultos vão gostar muito e se divertir”, pontua.
Flora da Serra da Canastra
O chuveirinho, ou sempre-viva, é uma das flores típicas do Cerrado, encontrada com frequência na Serra da Canastra. Graças à vegetação variada, que inclui campos, campos rupestres e florestas, o Parque é rico também em espécies da flora: estima-se que existam de quatro a dez mil espécies de plantas no bioma que toma conta da região.
Sem dúvida, o parque Serra da Canastra é um espaço perfeito para admirar e se apaixonar ainda mais pela natureza.
Fonte: https://g1.globo.com